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Os arbitos de futebol podem já mostrar um terceiro cartão. O cartão Verde



Os árbitros da segunda liga do futebol italiano vão passar a atribuir um cartão verde no final de cada jogo ao futebolista que tiver cometido o melhor ato de fair-play.

Quando alguém puxou pela cabeça para inventar as regras do futebol não olhou para os cartões como uma coisa boa. E não são. Há um amarelo e outro vermelho, servem para castigar e, quanto muito, podem ser como um mal menor — quando um jogador faz asneira, perde a bola onde não deve, vai atrás do erro e faz uma falta para matar um contra-ataque. Sabe que é preferível levar com um cartão amarelo do que a equipa a levar com um golo. Os pedaços de cartolina que saem do bolso dos árbitros sempre foram um sinal de raspanete, mas em Itália vão deixar de o ser. Pelo menos simbolicamente.

A ideia foi revelada esta segunda-feira e, na verdade, até nem pressupõe que os árbitros passem a ter mais um cartão no bolso da camisola. O objetivo é que, no final de cada jogo, o homem do apito indique o jogador a quem deva ser atribuído o tal cartão, como prémio por ter cometido ato de fair-play. E isto vai desde o rematar a bola para fora de campo para que um adversário seja assistido pela equipa médica ou admitir que simulou uma queda na grande área para sacar um penálti. A federação italiana de futebol quer ver honestidade no calcio e verá se esta medida resulta. “Achamos que o futebol precisa de mensagens positivas. Este desporto está muitas vezes envolvido em controvérsias que afastam as pessoas dos estádios”

Em Portugal, aliás, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) apresentaram, em março, o cartão branco — que também serve para premiar comportamentos de fair-play dentro de campo. Mas há diferenças: a ideia, por cá, é que os homens do apito saquem do cartão as vezes que quiserem e, pelo menos inicialmente, apenas os árbitros da Associação de Futebol de Setúbal o utilizaram em jogos de escalões entre os 10 e os 15 anos.