Abdicar do poder para ir plantar couves....
Ao contrario do que sucedia frequentemente aos Imperadores romanos. Diocleciano terá morrido pacificamente no seu leito. Dos seus 26 antecessores imediatos, apenas um fora igualmente afortunado. De origem modesta, nascido numa região actualmente integrada na antiga Jugoslávia. Diocleciano ascendeu rapidamente na hierarquia do exército romano, vindo a ser proclamado Imperador pelas suas tropas em 284, com 39 anos.
Durante duas décadas seguintes conseguiu manter o Império coeso graças sobretudo á divisão de comando, cuja responsabilidade repartiu com o seu genro e camarada de armas, Maximiano. Em 305, ambos abdicaram em favor de sucessores cuidadosamente escolhidos.
Diocleciano retirou-se imediatamente para a sua vila de Slona, perto da actual cidade de Split, onde passou o resto da vida cuidando do seu jardim.
Maximiano teve mais dificuldade em adaptar-se à reforma: não tardou a contactar Diocleciano, sugerindo-lhe que retomassem as rédeas do poder. “Ah” Respondeu-lhe Diocleciano, ao recusar voltar à vida pública. “Se ao menos visses as couves que plantei com as minhas próprias mãos…”