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Pessoas inteligentes bebem mais!


Bebeu demais? Nada de se sentir um lixo: pode considerar a ressaca do dia seguinte um reflexo da sua superinteligĂȘncia. Soa politicamente incorreto, a gente sabe, mas Ă© o que indicam informaçÔes de dois estudos, um feito no Reino Unido (o Natioinal Child Development Study) e outro nos EUA (o National Longitudinal Study of Adolescent Health).
Em ambos, pesquisadores mediram a inteligĂȘncia de crianças e adolescentes de atĂ© 16 anos e as categorizaram em uma de cinco classes cognitivas: “muito burro”, “burro”, “normal”, “esperto” ou “muito esperto” (de novo, politicamente incorreto, mas tudo pelo bem da ciĂȘncia, nĂ©?). Os hĂĄbitos das crianças americanas foram registrados por sete anos depois disso; jĂĄ as inglesas foram acompanhadas por mais tempo, atĂ© os 40 anos.
Os pesquisadores mediram os hĂĄbitos alcoĂłlicos de cada uma conforme elas iam envelhecendo. E eis que as crianças avaliadas como mais inteligentes em ambos os estudos, quando cresceram, bebiam com mais frequĂȘncia e em maiores quantidades do que as menos inteligentes. No caso dos ingleses, os “muito espertos” se tornaram adultos que consumiam quase oito dĂ©cimos a mais de ĂĄlcool do que os colegas “muito burros”. E isso mesmo levando em consideração variĂĄveis que poderiam afetar os nĂ­veis de bebedeira, como estado civil, formação acadĂȘmica, renda, classe social etc. Ainda assim, o resultado foi o mesmo: crianças inteligentes bebiam mais quando adultos. E por que, hein?
HĂĄ hipĂłteses (uma, que a gente viu lĂĄ no Psychology today, diz que essa relação entre ĂĄlcool e inteligĂȘncia seria um traço evolutivo que começou hĂĄ cerca de 10 mil anos, quando finalmente surgiu o ĂĄlcool bebĂ­vel; atĂ© entĂŁo, o Ășnico jeito de ficar alcoolizado era a partir de frutas apodrecidas – coisa sĂ©ria), mas os pesquisadores ainda nĂŁo sabem ao certo. Eles alertam, no entanto, que apesar de a tendĂȘncia a “beber mais” estar de alguma forma ligada Ă  esperteza de cada um, encher a cara nĂŁo deixa ninguĂ©m “mais inteligente”. Ouviu?