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Escravas sexuais eram necessárias na II Guerra Mundial




Toru Hashimoto, presidente da Câmara da cidade japonesa de Osaka, disse hoje que a prostituição forçada de milhares de mulheres asiáticas durante a II Guerra Mundial foi necessária para manter a disciplina no exército japonês. Para o autarca, o tempo passado com estas mulheres eram uma oportunidade de descanso para os soldados.

"Para soldados que arriscaram a vida quando as balas caíam como chuva, de modo a terem algum descanso era necessário arranjar uma 'mulher de conforto'. Isto está claro para todo mundo", defende Hashimoto, citado pelo "The Independent".

O jovem autarca, que também é um dos líderes do conservador e emergente Partido Nacionalista da Restauração, disse ainda não haver evidências de que estas mulheres, eufemisticamente chamadas de 'mulheres de conforto', tenham sido forçadas a prostituírem-se. Afirmação que também já tinha sido feita na semana passada pelo primeiro-ministro Yoshei Kono.

Historiadores estimam, no entanto, que cerca de 200 mil mulheres em territórios ocupados por japoneses durante a II Guerra Mundial foram forçadas a tornar-se escravas sexuais das tropas invasoras. A maioria era proveniente da China e da Coreia do Sul, mas também das Filipinas, Indonésia e Taiwan.

Esta não é a primeira vez que Toru Hashimoto faz declarações polémicas. No ano passado, disse que o Japão precisava de uma ditadura.

O político é cofundador do Partido Nacionalista da Restauração, que garantiu uma pequena representação no Parlamento japonês. Antes de ser presidente da Câmara de Osaka, foi eleito, aos 37 anos, governador da província de Osaka, tornando-se o mais jovem detentor do cargo na história política japonesa.