A final do mundial é a final dos dois PAPAS (Alemanha X Argentina)
Papa Francisco (Argentina) x Papa emérito Bento XVI (Alemanha )
O porta-voz do Vaticano disse esta quinta-feira à AFP que será “altamente improvável” que o papa Francisco veja a final do Mundial2014 de futebol na companhia do papa emérito Bento XVI.
A final de domingo, apelidada já como “a final dos dois papas”, opõe os países de ambos, Argentina (país de Jorge Bergoglio, papa Francisco) e Alemanha (de Joseph Ratzinger, papa emérito Bento XVI).
“O jogo é às 21h (20h em Lisboa) e o papa Francisco costuma deitar-se às 22h (21h), ele pode querer ver a final, mas não tenho informações relativas a isso a três dias do jogo”, disse Federico Lombardi.
Bento XVI, papa teólogo, intelectual e pianista nunca foi desportista. “Podemos excluir de maneira categórica que ele tenha vontade de ver o jogo”, afirmou à AFP uma fonte do Vaticano que pediu o anonimato.
“Não é coisa dele, não é fã de futebol. Seria infligir-lhe uma penitência infinita obrigá-lo, aos 87 anos, a estar 90 minutos em frente a um ecrã de televisão para ver a final quando nem sequer viu um jogo completo na sua vida”, acrescentou a fonte.
Já Francisco, antigo patriarca de Buenos Aires, é amante do futebol. Sócio do San Lorenzo de Almagro, de Buenos Aires, continua a seguir a atualidade do clube e a pagar as quotas. Durante o seu papado, já foram várias as ocasiões em que se pronunciou sobre futebol.
Antes do jogo Argentina-Suíça, dos oitavos de final, o papa Francisco dirigiu-se aos guardas suíços do Vaticano, que o convidaram para ver o jogo, dizendo em tom de brincadeira que o jogo “ia ser uma guerra”, de acordo com a agência I. Media.
Ainda assim, consciente das paixões que o futebol desperta, escusou-se a comentar sobre o Campeonato do Mundo, e não fez prognósticos.
Algo menos habitual foi o facto de o jornal L’Osservatore Romano, do Vaticano, ter prognosticado a 2 de julho que uma final Argentina-Alemanha iria juntar “dois adeptos de exceção como o papa Francisco e Bento XVI”.
“Podia acontecer que uma final entrasse na história por ter estes adeptos tão fora do comum”, escreveu o autor do artigo, o ex-jogador Damiano Tommasi, médio defensivo que se notabilizou ao serviço da AS Roma entre 1996 e 2006, e que atualmente é presidente da Associação Italiana de Futebolistas e se dedica a missões de filantropia.