5 de setembro de 1997 - Morre Madre Teresa, símbolo maior da caridade universal
"Estou grata por receber o Prêmio Nobel em nome dos famintos, dos que estão nus, dos aleijados, dos cegos, dos leprosos, de todos os que se sentem indesejáveis, não amados, abandonados, pessoas que se tornaram um fardo para a sociedade e são desprezadas por todos".
Madre Teresa de Calcutá
A religiosa católica Madre Teresa de Calcutá, 87 anos, morreu na sede da ordem das Missionárias da Caridade em conseqüência de um ataque cardíaco. Uma das mais veneradas personalidades do mundo por sua dedicação altruísta aos pobres, doentes e moribundos, destacava-se de forma positiva como exemplo do autêntico sacríficio pessoal na realização de tarefas humanitárias. Um símbolo para o mundo, reconhecido na conquista do Prêmio Nobel da Paz em 1979.
"Em 1946, quando eu me dirigia de trem à cidade de Darjeeling, despertei para um mundo que pouco conhecia. Aqueles vagões carregavam uma multidão de miseráveis e famintos. Foi naquele instante que recebi o chamado para renunciar a tudo e seguir o Cristo nos subúrbios, para servir entre os mais pobres dos pobres". Assim Madre Teresa tomou sua decisão.
Agnes Gonxha Bojaxhiu era seu nome de batismo. Nascida em 27 de agosto de 1910, aos 12 anos já pretendia ser missionária, "ir pelo mundo afora distribuindo o amor de Cristo".
Com 17 anos entrou para a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do
Loreto, na Irlanda. Um ano depois, em 1929, já com o nome de Teresa,
como ficou conhecida, chegou a Calcutá, na Índia, onde mais tarde,
abriria uma escola. Madre Teresa fez seu voto perpétuo em 1937. Em 1948,
após o chamado divino, ganhou permissão para trabalhar nas favelas da
cidade. Foi quando adotou o hábito branco de algodão debruado de azul: "O mais simples, o mais barato, o mais pobre, o mais simples, pois não precisa sequer ser passado a ferro".