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Doenças originadas pelo amianto / Fibrocimento


A poeira de amianto induz vários efeitos nocivos no corpo humano, tanto pela inalação como pela ingestão. O aparelho respiratório é o mais afectado. Além de asmas, bronquites, limitações respiratórias crónicas etc. a poeira de amianto provoqua várias alterações chamadas benignas por não serem cancerígenas.
placas pleurais: engrossamentos da pleura parietal, que podem calcificar após décadas;
pleuritis provocada por amianto: derrame pleural que pode conduzir a uma fibrose pleural difusa
a asbestose: fibrose pulmonar (pneumocominose) provocada por amianto, que endurece o tecido pulmonar elástico em reacção à irritação das fibras e das inflamações daí resultantes. A respiração, em consequência do engrossamento e da calcificação dos tecidos conjuntivos cicatrizados, é por fim afectada e o perigo de uma pneumonia adicional aumenta. O sintoma guia da asbestose é uma respiração curta e esforçada..
A asbestose é devida a uma alta exposição ao amianto e pode ser controlada através da redução à exposição nas fábricas e minas.

O cancro de pulmão, da laringe e o mesotelioma são chamados doenças malignas por serem cancerígenas.
O cancro do pulmão e da laringe provocados pela poeira de amianto não se distingue dos cancros de outras origens. Não se conhece ainda qual é a quantidade mínima de poeira de amianto que pode ser inalada sem provocar riscos de cancro. Dependente da exposição ao amianto o risco de contrair um cancro aumenta 10 a 200 vezes se se é fumador. O cancro de pulmão continua na maior parte dos casos a ser incurável.
O que alerta os médicos é o aumento do mesotelioma, um tumor maligno incurável, que não só se manifesta em grupos de pessoas que foram no âmbito ocupacional expostas à poeira de amianto, mas também em pessoas ocasionalmente expostas a estas fibras. (p.ex. Dyer 2000)

Há outros cancros relatados na literatura científica associadas ao amianto: cancro do aparelho digestivo, do cólon, do recto e do aparelho urogenético.



Tumor maligno que se localiza ao nível da pleura, do peritoneu e pericárdio sendo o mesotelioma pleural o mais frequente. Em geral as pessoas afectadas morrem num espaço de um ano a seguir à diagnose, devido a um diagnóstico difícil e a uma falta de terapia eficiente.

O crescimento incontrolável das células começa imperceptível e inicialmente não provoca incómodo. As principais sintomatologias do mesotelioma pleural:
Tosse
Falta de ar
Dor difusa no peito

O tumor pode manifestar-se 10 a 60 anos depois da exposição ao amianto. A duração da exposição é em média 15 anos, em casos extremos só poucas semanas.



Hoje em dia o mesotelioma pleural é considerado por especialistas o tumor que sinaliza uma exposição ao amianto. Admite-se, que em praticamente 100% dos casos, existia uma exposição ao amianto. Análises de fibras nos tecidos pulmonares mostraram que em todos os falecidos com esta doença se encontravam fibras de amianto e em quantidade menor outras fibras minerais. Em 70% dos casos a exposição ao amianto consegue ser provada através da anamnese, que ás vezes exige uma intuição de detective para provar que a exposição ocorreu no âmbito ocupacional em parte desconhecida pelos próprios operários, devido à falta do conhecimento das fontes de poeira de amianto. A doença já se manifestou em canalizadores, electricistas, construtores de telhados etc., em pessoas nas imediações dos locais que emitem amianto e nas donas de casa que lavavam a roupa contaminada com amianto. Em 30 % dos casos não se consegue determinar como e quando aquelas estiveram expostas á contaminação com amianto. Está cientificamente provado que os amiantos do grupo das anfíbolas são responsáveis por esta doença. Suspeita-se que o crisótilo também pode estar na sua origem. (Woitowitz et al. 2000)


Ainda hoje em dia se pode ler que se trata de um tumor raro. (AIPA s.d.3, GSHST s.d., Faculdade s.d.). No entanto estudos epidemiológicos prevêem 250 000 casos de óbito na população masculina na Europa Ocidental nos próximos 30 anos.(Peto et al. 1999; BBC News 1999,1) Pense-se que antes da utilização industrial do amianto havia por ano 1 caso por 1 milhão de habitantes, o que significa p. ex. para a França 50 casos por ano antes de 1950. Houve uma explosão de casos a partir dos anos cinquenta com uma aumento de 5 a 10%. Nos inícios dos anos 90 estimava-se uma incidência do mesotelioma em ambos os sexos com 600 casos e em 1996 pensava-se que aumentava para 750 casos. (Revol 1997/982). O autor desta publicação alerta que se trata provavelmente de valores subestimados, devido aos inúmeros casos não identificados.

Outra fonte cita um estudo de 1996, segundo o qual morrem anualmente em França 2000 pessoas com mesotelioma pleural e peritonal, e se prevê um aumento para 5000 a 10000 casos 20 - 30 anos mais tarde.(Hehn 1996).

Na Alemanha contam-se anualmente com ca. de 1000 pessoas afectadas pelo mesotelioma pleural maligno e prevê-se um aumento para quase o dobro, como no resto da Europa, até ao ano 2017. (Woitowitz et al. 2000). A partir desta data espera-se um decréscimo devido às medidas tomadas a partir dos anos 70. ir para o top

Mais informações em português sobre as doenças encontram-se no site da DCEA 1997/98 da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL.