Um polícia planeou raptar mulheres para serem violadas. Depois ele cozinhava-as e comia-as
Eis uma história onde nem o ridículo evita o
arrepio. Um policia de Nova York chamado Gilberto Valle decidiu
tornar-se raptor. Por cinco mil dólares a cabeça, arranjaria mulheres
para outros homens violarem.
Usando a base de dados da polícia, criou uma lista de
cem possíveis vítimas, todas elas apetecíveis - em mais de que um
sentido. É que, além do rapto ("rapto profissional", esclarecia ele;
nada de violações às suas próprias mãos), Valle propunha-se o
canibalismo. Uma vez violadas por outros, as mulheres seriam cozinhadas e
comidas por ele.
Nas discussões via net onde o polícia e dois cúmplices
combinavam tudo isto, falava-se de tamanhos de fogões ("encolhendo as
pernas, ela cabe"), maneiras de cozinhar ("convém usar lume brando,
mantê-la viva o maior tempo possível") e aspectos logísticos diversos.
Fotos de mulheres no espeto
Era um plano engenhoso. Mas os três homens deixaram-se
apanhar pelas autoridades, que de alguma forma captaram as suas
comunicações. O tribunal deverá esclarecer se a história é mesmo o que
parece, se Valle e os amigos não passavam de um bando de
fantasistas doentios.
A primeira hipótese, para já, soa bastante mais
provável, tanto pelo facto de Valle ter efectivamente contactado várias
das mulheres na lista, como pelo empenho com que discutia preços. Cinco
mil dólares não é muito, explicava ele aos candidatos a violadores,
atendendo ao que ele pagaria se o apanhassem.
Frito e queimado já está de certeza, dê o julgamento
para onde der. Neste momento o seu advogado tenta evitar a divulgação
de imagens com mulheres a rodar no espeto, e coisas do género. Valle e
os seus amigos gostavam de pré-visualizar.
Os olhos também comem, de facto. E às vezes há mais olhos que barriga. Ou inteligência.