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Aldeia da Pena e a história do morto que matou o vivo



Para se chegar a Pena, uma aldeia típica de xisto com seis habitantes e 10 casas de habitação, situada num vale profundo da Serra de São Macário, é essencial passar por São Pedro do Sul, pela IP5.Aninhada no fundo do vale, a aldeia confunde-se com a Natureza que a envolve num cenário de sonho. Junto a uma ribeira de água cristalina, à entrada da aldeia, fica a Adega Típica Pena, também ela toda de xisto, de resto, aliás, como toda a povoação. Até o tampo das mesas é de xisto. Os carros não entram na aldeia. É proibido.A aldeia enquadra-se num cenário natural de rara beleza. Estende-se por um viso que vai morrer à ribeira da Pena, a cerca de 600 metros de altitude. As suas águas são cristalinas, embora bastante frias dada a sua proximidade da nascente e do facto de correr sobre terrenos rochosos.Esta ribeira dá muita vida à aldeia, pois é a partir dela que os campos são regados. O seu caudal nunca seca, sendo por isso aproveitado, nos meses mais quentes do ano, pelos habitantes locais e por alguns visitantes, para banhos.Pena será lugar natural para os amantes da Natureza e da Montanha.e uma uma das mais belas aldeias de xisto portuguesas. Antigamente, os habitantes da Aldeia da Pena iam a enterrar em Covas do Rio, um trajeto que era feito a pé e que demorava cerca de hora e meia a percorrer. Os habitantes da Pena levavam o caixão aos ombros por aqueles trilhos estreitos e íngremes. Como o caminho era muito estreito, o caixão era levado apenas por dois homens, um à frente e outro atrás. O percurso entre a Pena e Covas do Rio tinha vales muito profundos, com moinhos e cursos de água. Em muitas zonas, o sol mal chegava e as pedras estavam sempre húmidas e escorregadias. Ao descer uma das encostas, a pessoa que ia à frente com o caixão escorregou, perdeu o equilíbrio e o caixão caiu em cima dele, matando-o, daí dizer-se que o morto matou o vivo.