Colisão Entre Via Láctea e Andrômeda
Daqui a aproximadamente 4 bilhões de anos está prevista a colisão da nossa galáxia com a Andrômeda – a vizinha mais próxima da Via Láctea.
O fenômeno vai fazer com que as estrelas de ambas as galáxias se cruzem de uma forma impressionante.
Essa previsão foi possível graças a medições realizadas pelo telescópio espacial Hubble ao monitorar o movimento de Andrômeda, localizada a 2,5 milhões de anos-luz daqui. Ambas as galáxias estão se atraindo mutuamente graças à força da gravidade que age entre os corpos.
Caso o Homo Sapiens sobreviva na Terra por mais dois bilhões de anos, nossos descendentes poderão testemunhar um belo espetáculo no céu noturno. Pesquisadores reafirmam que a Via Láctea deverá colidir com nossa vizinha mais próxima, a galáxia de Andrômeda ─ bem antes de o Sol colapsar numa anã branca ─ destruindo a Terra nesse processo.
A aproximação dessas galáxias poderá facilmente lançar o Sistema Solar para uma região isolada da Via Láctea ou transferi-lo para a galáxia de Andrômeda, segundo os astrônomos T. J. Cox e Abraham Loeb do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian, em Cambridge, Massachusets.
Os dois pesquisadores simularam essa colisão com base na velocidade relativa entre as galáxias e a quantidade de gás e matéria escura existente no espaço entre elas, o que provoca o arraste de seus movimentos.
O Sol deverá se manter ativo até que esse cataclisma ocorra. Seu destino vai depender do ponto onde estará na órbita de 24 mil anos luz que executa em torno do centro da Via Láctea. Os pesquisadores calculam que quando os núcleos das duas galáxias se fundirem, o Sistema Solar terá 50% de chance de ser expulso para uma fina cauda que se estenderá da Androláctea, a uma distância três vezes maior do núcleo que a distancia a que está hoje do centro galáctico.
Cox e Loeb também verificaram que existem 3% de chance de o Sol entrar em órbita de Andrômeda, quando as duas galáxias colidirem. Alterando os dados iniciais a simulação leva a outros resultados. É interessante notar, comenta o astrônomo Gregory Laughlin, da University of Califórnia, em Santa Cruz, é que Cox e Loeb determinaram órbitas razoáveis para o Sol e algumas resultaram numa faixa plausível de cenários que o Sistema Solar poderá encontrar.