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Cientistas ou sonhadores?


Que tipo de homens eram os filósofos da antiga Grécia? Platão descreve Tales como um sonhador que uma noite, enquanto observava as estrelas, caiu a um poço, sendo alvo da troça de uma criada por tentar descobrir o que existia nos céus quando não reparava onde punha os pés. Mas Aristóteles narra uma lenda segundo o qual Tales, cansado dos motejos de que era alvo por não conseguir enriquecer, teria aplicado os seus conhecimentos meteorológicos na predição de uma farta colheita de azeitona.
Comprou discretamente todas as prensas de azeitona de Mileto, cujo aluguer cobrou caro quando a abundante sagra se concretizou. Tendo feito fortuna e provado a sua capacidade, abandonou imediatamente o negócio e regressou à filosofia.
Empédocles, por outro lado, era um místico. Estava convencido que era imortal e seria levado para os céus e divinizado. Quer na exultante esperança da sua deificação, quer em profundo desespero porque o carro celeste ainda não chegara, suicidou-se, lançando-se na cratera de Etna.
Demócrito era conhecido como “o filosofo que ri”. Alguns atribuem este epíteto a um código de comportamento que o levava a estar permanentemente alegre: acreditava que o riso era um predicado útil às relações pessoais. Outros, contudo, afirmam que ele se ria das loucuras da humanidade.